O Natal do meu Brasil

 O NATAL DO MEU BRASIL
 
Helci Rodrigues Pereira

Era bem diferente o natal que eu conheci
como da cristandade data magna.
Era o Natal que nos fazia ver
em  Deus, o amor maior;
em Cristo, a maior dádiva e
em ser salvo e redimido,
a maior bênção.
Era o natal dos anjos que cantaram:
Glória a Deus nas maiores alturas!”
“Paz na terra entre os homens
!”
Era o natal dos magos do Oriente,
que, a Jesus visitando, lhe presenteram
ouro, incenso e mirra.
Era o natal dos pastores, que, nos campos,
cuidando dos rebanhos,
receberam, dos anjos, novas de alegria
e foram adorar o recém-vindo Salvador.
Era o natal
do povo que se alegrou
de Herodes que se preocupou.
Era o natal
do Emanuel,
do Conselheiro,
do Deus forte,
do Pai da eternidade,
do Príncipe da paz.
O natal que eu conheci
era um natal de fé, de piedade,
de regozijo espiritual!
Mas, que tristeza!
O natal do meu Brasil não é assim.
É um natal deturpado, distorcido,
espalhafatoso, irreverente.
O natal do meu Brasil é um natal comercial.
É um natal de festas
mundanas, profanas, orgíacas.
É um natal bacântico, carnavalesco.
É um natal de farras, de indignos folguedos!
O natal do meu Jesus fala de
amor, de dádiva, de sacrifício;
de compreensão, de solidariedade,
de alegria comedida.
Mas, o que temos, em pleno natal?
Ódio, egoísmo, indiferença;
ciúme, tristeza e solidão.
O natal do meu Jesus foi
um natal de amor e Paz,
mas, agora, os homens
festejam o natal e estão em guerra.

Pesquisar no site